sábado, 12 de julho de 2008

Tive arrepios esta tarde só por ela passar por mim, sentia falta disso e muito mais do nojo aparente. Durante boa parte de minha vida me dediquei a fazer coisas belas pelos outros, enquanto eles incalculavelmente puxavam meu tapete, cheios de milhões de desculpas e significados mil. Feito é feito já diriam eles ao tropeçarmos, nada temos a fazer se não perdoar nem nos dando ao direito de chorar o leite derramado.




Sabemos os passos que devemos dar agora, mas que isso não se repita e é sempre assim, sempre a última vez que como sabemos nós pobres humanos arrecadamos durante a nossa vida milhões de insatisfações e liberamos elas, talvez batendo nas esposas, nos viciando e reprimindo até o insuportável. Descobri a maldade em meu inconsciente, das palavras que escapam, nunca são sem querer e nem devem ser usadas desculpas de erros.


E sim, são calculadas. É assim mais ou menos, isso juntou disso com mais aquilo que formou isso. Portanto pessoas de bom coração, nunca duvidem da sua perversidade escondida entre aparências do dia a dia.


Lembro que uma vez me falaram que aquilo que escapa primeiro da nossa boca é o que realmente acreditamos, cuspimos fragmentos de verdades nem sempre bonitas, somos só um espelho do rosto alheio e todas suas impressões virtuais e sendo virtuais. Não são reais.




Eu sei que sentia falta do nojo e desprezo. Puros testes. Sentenças de um sentimento. Pois admiro tanto a maldade quanto a bondade que povoa os pensamentos, nobres e extremos de 8 ou 80. Sei que isso agora se torna desculpa para me prejudicar, pois assumo minha culpa, não me escondo atrás de uma máscara, não nesse momento e assim cedo aos julgamentos. Puros testes.


Sentenças de um sentimento.



...Alguém sabe extravasar sem cortar?


Aprendendo que vivemos em uma sociedade olho por olho e dente por dente.




(Djalma Nobato)

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