domingo, 20 de janeiro de 2008

O branco dos seus cabelos ainda persiste na minha memória...


serei, nesta madrugada -sozinho- tão sincero a ponto de dizer ( vó, te amo)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

aguarde uns segundos

A curiosidade mataria um gato (de prazer) ?

Mantra vermelho

Num dos meus impulsos

Acabo cortando os pulsos

coração


porque antes de ti, eram pálidas as minhas cores

re vival




Calso meu caminho:

Percalso descalso em estrada de espinho.
rastro de sol molhado pela chuva

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Sentidos Múltiplos

.

.

.


- A tua graça é a minha desgraça...

E disse a velha atriz:

- Transgredir é dizer a verdade.

cantos da explosão

Não quero saber

do que cabe

com mansidão

na mão da razão



Antes a emoção

descabida

que lasca ferida

que floresce no chão


incompreendida

bandida


bando sem chefe

nem fecho

que não sossega o facho

nem recusa

coisa escusa


Não quero saber

do testado

e aprovado

se ele não passa

pela minha degustação

trântico tirânico suave

Cospe em mim desculpas esfarrapadas
como fetos de vespas venenosas
verborrágicas
tranquilas
escrúpulos dos crápulas
pulos dos acrobatas
apoteose das minúcias
maiúsculas


ósculos dos vencidos

sal na boca dos naufragados
somos livres quando demolimos laços

Evidências

, a imagem da realidade inexiste firme e fixa num em-si desfocado de espaço-tempo- referênciais. É uma imagem-montagem mapeada e reconhecida pelo sujeito a partir de escolhas- deliberadas ou não, conscientes ou não; mas sempre recortes ancorados no arsenal cultural fabricado pelo humano e ditado por ele. Desse modo, a cada um o mundo é um e os sentidos apreendem não aquilo que arbitrariamente nomeamos realidade factual - de modo preciso, único, factual.

- O esquizofrênico não vive uma irrealidade. Ele vive sim, múltiplas realidades. Sobretudo e sobre tudo o olhar esquizofrênico é um olhar hipertrofiado de razão viscosa, seminal, inconcisa; sobrenatural. Extraordinária.


Não culpemos os loucos por intransigência- por excessiva inveja da sua transcendência.

Mosaico à brasileira

A liberdade, talvez , seja romper com si mesmo. Transcender os próprios limites auto impostos, altos impostos que pagamos todos os dias por estarmos vivos.

A escrita é sempre triste. É cripta do grito pretendido. Não tem o odor (nem o ilusório do desodorante).

Arrogante todo escrito se torna quando tenta tomar a forma do que -por natureza- é inconformável, indelimitável, indecisamente indefinido. Purido perfumado perfurável permanentemente incontrastante. Eternamente efêmero. Passadiço com viço.

intransitado estou. intransigente, Exigente? Exigindo gente? Ex-gente ? (A-gente ?)


Agir não é sempre atentar contra a razão? O racional que nos asfixia, nos fixa como animais domésticos todos da mesma espécie opaca, pacata... mas, nas nossas ações impensadas, loucas, acometidas pela vibrátil força dos nossos sentimentos sentidos é que nossa emoção, nossa humanidade consegue escapar dos desígnios monstruosamente mutilatórios do pensamento racional que tende a nos envenenar com condutas e ritos que são estranhos a nossa bruta natureza... QUE NOS FAZ MENOS VIVOS E MAIS VÍBORAS, QUE ALIMENTA CÂNCERES- VIA CÁRCERES- E VERMES; VÁCUOS E RECUOS.


Ás vezes , penso que, se quebrássemos uma vez ou outra o silêncio... se tivéssemos coragem de lutar diariamente, sem descanso nem ranço, sem pausas contra o silêncio... a incompreensão do outro silenciaria.

- Mesmo que a escrita seja uma tentativa falida, ela é válida,

Casta

gengivas virgens ingerminadas
secas de saliva
secas de selva
secas de sêmem



inundadas




de nada.

Verdades

As verdades

não são

burguesas


As verdades


arrotam e peidam


sem embustes de escrúpulos


As verdades

dão pulos e tombam


As verdades
verdadeiras
vacilam primeiro
para depois

valsear.

Pistas

Preciso me desfazer



das frases-feitas


Para enfrentar


minhas fases-fezes.

Marulhos

Age

por mim

um neurótico-erótico

prático


nômade-anônimo

descabaçado

exacerbado

descrente do pecado


pescado no presente

tentando-tentado.

Kamikaze

Aprendi com os fogos que mesmo os artíficios têm sua beleza.