sexta-feira, 7 de março de 2008

seja feita a Nossa vontade

encontrei este escrito, e sorri. Me parece muito colado às minhas leituras de Hilda Hilst, mas é meu. ou talvez nunca tenha sido. Não acredito em posses; em possessões e poções sem fim sim.


Eis :


" E eu sou teu mortal, meu deus, ofereço o tudo-nada que possuo com humilde servidão- plasma e pus, sangue e sêmem, braço e boca... tudo teu, meu senhor, faça o que quiser,


(f)ardo meu escolhido

expandido em extase
galático
infronteiriço
irredomável
indomável



e tão dócil-frágil

ao toque teu."

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