quinta-feira, 1 de maio de 2008

junho de 2007

" Não sou um homem moderno, nem também um antiquado. Estava fora do tempo e me arrastava em direção à morte, que desejava. Nada tinha contra o sentimentalismo, estava alegre e agradecido de sentir ainda em meu coração algo assim como alguns sentimentos".

Hermam Hesse, O Lobo da Estepe.


Todos os dias aprendo a esperar. É meu dever e minha punição... Certas esperas são tenebrosas.. te guiam ao nada, condutoras do vácuo... Não recuo nem nas mais árduas esperas. Fico até o fim. Enfim, quando ele chega já nem sei o que se fez de mim... O que me tomou, o que me tomaram...

Até as festas acabam desabando. E, se alguém olhar bem - quase ninguém olha -, em meio às paredes derruídas, sempre há uma criança de olhos sanguíneos que chora, chora calada num canto, agarrada ao ar que lhe confere uma capa de in-vi-si-bi-li-da-de.

O fim dá medo e entretanto é imprescindível para começos. Porque estou vivo agora, sem luz de razão aqui-acordado enquanto a tranquilidade abraça "os justos". Porque esta ironia na minha voz que de vez canta por mim ?

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