terça-feira, 22 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Mais uma Regra Evidente (Com exceções)
Da Garganta
- Se sou feliz? Felicidade é coisa de gente burra. (Maysa)
se houvesse o desnudamento da linguagem...
- Tomo toda a minha revolta. Porque ela. Ela. Ela não faz parte do aceitável. Não é de bom tom se expressar assim. Para a sala, ala nobre da casa, mantenha as gengivas expostas. Lágrimas, se irrefreáveis, só no quarto. Na linha de combate, sufoca-se o embate.
Se ao menos eu pudesse vomitar. Vomitar traumas, medos, mágoas, A angústia...
Se ao menos eu pudesse viver longe de mim.
Eu me deixaria em paz.
E a minha biografia não seria banida das casas-de -família. Meu amor não seria clandestino.
Sinto-me egoísta. Detestavelmente egoísta.
e é insuportável estar em mim.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Pedaço
Vai,
Despedaça minha alma.
Meu corpo estilhaçado, ao ver-te,
recompõe os pedaços.
Tu me deste pé d'aços de amor.
G. N.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Elogio da Loucura - Ficções do Invisível
- Manda internar esse daqui...
E depois :
- O que te salva é teu bom humor.
Por vezes meu humor é excessivamente polarizado. Um grande desgaste ser eu mesmo. Mesmo assim, consigo provocar risos, gargalhadas, sorrisos, ... Para encobrir a ANGÚSTIA ? Para cobrir essa incerteza e indeterminação de existir, com esse luxo democrático que é o sorriso, capaz de metamorfosear monstros em misses...
O plural de Miss é Misses ?!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Sobe o pano.
- Seria prático se eu te dissesse banalidades ...
haveria intervalo para a dúvida
na horta produtiva das certezas?
tóxicas C E R T E Z A S
CIENTÍFICAS
ACLAMADAS.
ATO II.
lacunas brancas corroem as bordas negras
ATO III.
Neon.
Rímel escorrendo.
Espelho Estilhaçado.
Vestido vermelho esfarrapado em um manequim mutilado.
Reflexo Turvo.
Peruca ao chão.
ATO IV.
Viver de mentiras,
Viver de verdade ?
ATO V
Desembrulha as palavras sem o espanto de encontrar o oco.
Desembrulha tuas fibras e te enxerga: sem usuras e censuras
Desembrulha-te.
Mergulha nos marulhos sem medo da branca espuma.
Te bebe.
Escreve esse outro, transparente ... Este outro além das palavras cimentadas de sentidos. Esse que não foi dito, mas existe. Impalpável Existência.
também tem o nojo.Encoberto por amenidades.
Tudo bem? Tudo bens?
Os imbecis seduzidos pelo poder do dinheiro. Pelo vazio.
Tudo-bem-como-vai-boa-noite.
hahahahaha.
é de uma graça que chega a dar pena.
hahahahaahahahahaha.
As cabeças coroadas e os intestinos cheios de merda.
ATO VI.
O sofrimento do outro. Mentes: complacência, piedade. Todo um palavreado. Para quê? Tapar sadismos, tranquilidades, a catarse .
Vã o catar-se.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
tal qual vez
talvez eu mereça só um telhado e um céu estrelado
talvez eu caia.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Maldito
Tormento
Olhei uma foto tua, de corpo inteiro. E eu me tornei a foto. Não. Me descobri sedento e faminto.
De ti.
Uma fome e sede tão primitivas.
Só você me abasteceria agora.
Sou porra-louca, contraditório, bobo... e sério demais na minha ausência de seriedade. Sou tímido e calado... e não sei dizer de mim.
[...].
Meu corpo todo te sente e sente tua falta: minha certeza incerta. Toda dinamite eclode no meu peito, largo palco de angústia...
Estou desaprendendo a fala, as palavras, para ser mais ... menos... para ser.
Toma das minhas mãos desajeitadas de dedos longos e tortos, o meu não-texto. O meu silêncio. Meu tesão.
Toma da minha boca, meu beijo... meu gesto de bicho.
Toma da minha mente, minha doçura não-inventada.
estou atormentado.
domingo, 11 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
A Bela Flor Espanca
Os teu olhos são frios como as espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar.
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
"Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!..."
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
antipoético ensaio
dança nos meus ouvidos
e obscuro ...
...em silêncio ...
...vou dizendo ...
...com os olhos semi-abertos ...
é leve, não passa pela garganta; não é poluível por palavras. É bonito, tem bordas e pontas. E atravessa, extravaza, ecoa. Assusta, sem afugentar.
- mas, gosto de ti.
citação - Outra Criança Linda
Quatro Mãos ou Gênese Corporal
Corporais - Criação Pictórica
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Corporais
Incorporo você
poros
pelos
porra
pela orla da dor
encravada no prazer
Somos galáxias girando no vácuo
expremendo lirismos &lágrimas
decompondo as regras na medula
resplandescendo no crepúsculo
o entre-tom borrado, indefinido
banido das classificações cartesianas
cravamos cartas-punhais mutuamente
nos olhos
na boca
e no destilar da hemorragia
agimos entre vagidos
fugidios e fulgurantes
de um cio. de amantes.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
A Vida Íntima de Laura
a escrever
a pensar
a sentir
me fez um doce mar
de vinho suave & seco.
[Com a companhia da garçonete inexperiente].
Me refugiei no teu quarto, na tua quarta dimensão. Entranhado no teu cheiro, pele e pêlos.
Meu crime bom,
terça-feira, 29 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.
nosso movimento é contra as paredes,
em combustão ideológica:
erguemos nossas bandeiras.
outra história ?
- Mas o ruim é que a gente sempre se importa- ainda que minimamente. Mas isso é outra história.
Abrindo as portas da percepção
Escritores, heróis, estrelas,
dirigentes
Para dar sentido à vida
O barco de areia de uma criança virado
para o sol.
Soldados de plástico na guerra suja
em miniatura. Fortalezas.
Navios de Guerra de Garagem.
Rituais, teatro, danças
Para reafirmar necessidades Tribais & memórias
um chamamento para o culto, unindo
acima de tudo, um estado anterior,
um desejo da família & a
magia certa da infância."
"No primeiro brilho do Éden nós corremos para o mar, ficando por lá, na praia da liberdade
Esperando pelo sol.
Você não percebe que agora que a primavera chegou,
é hora de viver ao sol difuso?
Esperando pelo sol
sperando que você venha até aqui
Esperando que você me diga o que deu errado
Essa é a vida mais estranha que eu já conheci"
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
CABIDE - Ana C.
Por aí na noitada
Me acabando de rir
Se eu disser que não digo
E não ligo e que fico
Só vou aprontar...
É que eu sambo direitinho
Assim bem miudinho
Cê não sabe acompanhar
Vou arrancar sua saia
E por no meu cabide
Só prá pendurar
Quero ver
Se você tem atitude
Se vai encarar...
Se eu sumir dos lugares
Dos bares, esquinas
E ninguém me encontrar
E se me virem sambando
Até de madrugada
E você for até lá...
É que eu sambo direitinho
Assim bem miudinho
Cê não sabe acompanhar
Vou arrancar tua blusa
E por no meu cabide
Só prá pendurar
Quero ver
Se você tem atitude
Se vai encarar...
Chega de fazer fumaça
De contar vantagem
Quero ver chegar junto
Prá me juntar, eh!
Me fazer sentir mais viva
Me apertar o corpo e a alma
Me fazendo suar
Quero beijos sem tréguas
Quero sete mi'léguas
Sem descansar
Quero ver
Se você tem atitude
Se vai encarar...
terça-feira, 4 de agosto de 2009
é só mais um título
O que são as lendas e os diários?
O dia é estrangulado pela noite de gula, gás e gozo.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Ser
To be and not to be: this is the question!
Por que não escrever mais em Fragmentiras? Porque o espaço está esgotado. O formato está deformado.
Porque escrever Mais em Fragmentiras? Porque eu quero. E me desobedeço. Desço até o terreno movediço da libertação. Em eterno confronto. Comigo mesmo.
terça-feira, 28 de julho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
The End (In Concert)
Come on, turn the lights out, man
quarta-feira, 25 de março de 2009
Fragmentiras chega ao Fim
agora emerge raso.
Precisamos de trans-re-novações, Djalma.
Nós que não somos adeptos de lirismos levianos e comportamentos hipócritas, estamos "em paz com a nossa guerra", como escreveu Camões.
Agradecemos aos leitores que se aventuraram pelos nossos escritos e deles obtiveram mais do que uma visão ilusória sobre letras mortas fixas na tela.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Conto (erótico - ?- )
*** 2005
De uma ciranda. De pedra.
TELLES, Lygia Fagundes.
De argila
Mira a escultura de argila. Tenta por
cigarros na sua boca, mas ela não abre. E eu sou tão
autodegradável, meu amor.
Não existe saliva, nem saúde ali.
Aos poucos, eu feito flecha disparada,
corro...
: entupido de vômito.
Ouça em paz as risadas silenciadas da platéia
patética- alcatéia prática.
E suspire fundo, sua dor: ao bastidor.
em desespero
tranque as portas.
Furacão e tempestade.
Peste.Verdade.
: veneno inoportuno
só reveste
medo
piso em pontas de lápis
perdi o dom de desenhar
a brancura do papel,
do pó vieste, ao pó retornarás.
ranhuras riscadas
divisas vasadas
cortinas de pálpebras: palavras
escondendo e diáfanas, transpassada por
transpassadas
línguas estrangeiras
a tranquila contemplação de navios cortando
as águas.
que não se cortam.
Assim falou Amanda
Minha obsessão metafísica: eu não interesso a ninguém.
Não é criação; é uma mal criação.
é proibido amar... sacanagenzinha, de vez em quando, pode... assim: no escuro. Sorrateiramente.
é ... hum... excitante... agora, entrega de alma, não... não faz parte do instigante do jogo... é retro, não?
um verdadeiro retrocesso. Um abcesso.
É como uma droga. O branco da cocaína: a metáfora im.perfeita. Dá prazer, dá barato, mas dá uma bad insuportável. É humilhante. Rehab.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Beliscar de Paredes ou Bílis Parda
... ela me perguntou:
- Não vai mais escrever, guri ?
E eu respondi: "Quero voltar a escrever, sim, sem pensar em ser lido, ou julgado".
Ser inventado, me incomoda, embora.
Quero voltar a escrever. Estou no centro de mim mesmo, sentado, pensando. Tenho ficado dias e dias só pensando, pensando, pensando ... Não quero que as palavras me traiam, ou distraiam... quero escrever uma vez mais sem medo das palavras. Mas sem qualquer arrogante coragem. Sem furtar. Ou furar contentamentos. Arsenal de polpudas palavras a semear verdades.
Que não inventariem! Que não inventem! Que ventem!
- Parei de escrever para me esconder, me calar. Me censurar. Agradar. Mas não sei camuflar. Sei flamar. Sou um crime em potencial.
Ainda não decidi tomar decisões. Cisões cirúrgicas me fariam sorrir, ou morrer... Não sou dramático, Uilian. Ou sou ? Acho que apenas sou.
Querido canalha, te odeio com amor. Iramor. Queria meus olhos de vidro? De minha parte, tenho só meus olhos orgânicos, oblíquos. Quase vesgos. Vivos. Quando eu era pequeno, vi os olhos de um cachorro vidrados, baços. Prestes a morrer. E o peguei nos braços. É porque a vida dele se esvaiu diante de mim.
Não terei mais dique moral contentor. Sou um manso maremoto. Um imenso repertório. Um irrisório.
As palavras podem ter um peso leve e específico. Sem o fulgor do fantástico. Por que a realidade é fantástica. É inverossímel. Só a ficção é crível.
Passeio pelo cemitério ruidoso do meu passado lanhoso. Falam de amor e dor como algo vergonhoso. Vergonhoso não é não ser amado, é não amar.
Não.
Não é vergonhoso não amar.
Nada é vergonhoso.
A noite parece me coroar. Com sua eternidade de feitiço. Com seu feitio moço.Viço viciante.
Não estou oco, mas não sei me explicar. Não quero o explícito. Mas não produzirei brumas. Quero apenas apreciar com prazer a beleza fútil, tão útil, atual, pontual.
Atingindo-me certeira. Como um tiro.
À queima-roupa? Sim, à queima-roupa.
Decepei minhas decepções e desejos indesejáveis. De viés me vejo. Beijo.
Preciso de últimas gotas de desmedida.
Meus amigos me acompanham. E, como os amo. Sou inevitávelmente solitário, como todos que existem. Que sabem que estão vivos. E que não são animais. No entanto, o tempo compartilhado com eles se enrijece em erupção de acalento. Ando com amor dentro de mim, e também por fora. Infestado de amor, como um orgasmo contínuo em caminho contrário, me embasbacando.
Amo viver, mas uma morte clara, refulgente, tosca, me faria feliz.
Caso eu amanheça morto; saibam, não se esqueçam. Disso: