à beira do abismo
prosseguir
é uma bobagem.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Elogio da Loucura - Ficções do Invisível
Ela disse:
- Manda internar esse daqui...
E depois :
- O que te salva é teu bom humor.
Por vezes meu humor é excessivamente polarizado. Um grande desgaste ser eu mesmo. Mesmo assim, consigo provocar risos, gargalhadas, sorrisos, ... Para encobrir a ANGÚSTIA ? Para cobrir essa incerteza e indeterminação de existir, com esse luxo democrático que é o sorriso, capaz de metamorfosear monstros em misses...
O plural de Miss é Misses ?!
- Manda internar esse daqui...
E depois :
- O que te salva é teu bom humor.
Por vezes meu humor é excessivamente polarizado. Um grande desgaste ser eu mesmo. Mesmo assim, consigo provocar risos, gargalhadas, sorrisos, ... Para encobrir a ANGÚSTIA ? Para cobrir essa incerteza e indeterminação de existir, com esse luxo democrático que é o sorriso, capaz de metamorfosear monstros em misses...
O plural de Miss é Misses ?!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
ATO I.
Sobe o pano.
- Seria prático se eu te dissesse banalidades ...
haveria intervalo para a dúvida
na horta produtiva das certezas?
tóxicas C E R T E Z A S
CIENTÍFICAS
ACLAMADAS.
ATO II.
lacunas brancas corroem as bordas negras
ATO III.
Neon.
Rímel escorrendo.
Espelho Estilhaçado.
Vestido vermelho esfarrapado em um manequim mutilado.
Reflexo Turvo.
Peruca ao chão.
ATO IV.
Viver de mentiras,
Viver de verdade ?
ATO V
Desembrulha as palavras sem o espanto de encontrar o oco.
Desembrulha tuas fibras e te enxerga: sem usuras e censuras
Desembrulha-te.
Mergulha nos marulhos sem medo da branca espuma.
Te bebe.
Escreve esse outro, transparente ... Este outro além das palavras cimentadas de sentidos. Esse que não foi dito, mas existe. Impalpável Existência.
também tem o nojo.Encoberto por amenidades.
Tudo bem? Tudo bens?
Os imbecis seduzidos pelo poder do dinheiro. Pelo vazio.
Tudo-bem-como-vai-boa-noite.
hahahahaha.
é de uma graça que chega a dar pena.
hahahahaahahahahaha.
As cabeças coroadas e os intestinos cheios de merda.
ATO VI.
O sofrimento do outro. Mentes: complacência, piedade. Todo um palavreado. Para quê? Tapar sadismos, tranquilidades, a catarse .
Vã o catar-se.
Sobe o pano.
- Seria prático se eu te dissesse banalidades ...
haveria intervalo para a dúvida
na horta produtiva das certezas?
tóxicas C E R T E Z A S
CIENTÍFICAS
ACLAMADAS.
ATO II.
lacunas brancas corroem as bordas negras
ATO III.
Neon.
Rímel escorrendo.
Espelho Estilhaçado.
Vestido vermelho esfarrapado em um manequim mutilado.
Reflexo Turvo.
Peruca ao chão.
ATO IV.
Viver de mentiras,
Viver de verdade ?
ATO V
Desembrulha as palavras sem o espanto de encontrar o oco.
Desembrulha tuas fibras e te enxerga: sem usuras e censuras
Desembrulha-te.
Mergulha nos marulhos sem medo da branca espuma.
Te bebe.
Escreve esse outro, transparente ... Este outro além das palavras cimentadas de sentidos. Esse que não foi dito, mas existe. Impalpável Existência.
também tem o nojo.Encoberto por amenidades.
Tudo bem? Tudo bens?
Os imbecis seduzidos pelo poder do dinheiro. Pelo vazio.
Tudo-bem-como-vai-boa-noite.
hahahahaha.
é de uma graça que chega a dar pena.
hahahahaahahahahaha.
As cabeças coroadas e os intestinos cheios de merda.
ATO VI.
O sofrimento do outro. Mentes: complacência, piedade. Todo um palavreado. Para quê? Tapar sadismos, tranquilidades, a catarse .
Vã o catar-se.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
tal qual vez
talvez eu só saiba amar como os gatos: urrando, mordendo, unhando.
talvez eu mereça só um telhado e um céu estrelado
talvez eu caia.
talvez eu mereça só um telhado e um céu estrelado
talvez eu caia.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Maldito
Tormento
E eu que muitas vezes não consigo me enxergar. Apenas rasgos, pobres de iluminação. Eu que temo, odeio, sou mesquinho... Eu que sou, por vezes, muitas e multiplicadas vezes, o próprio paroxismo da covardia... neste momento exato que se esfarinha com o correr dos meus dedos... sinto que sou tão simples, assim, complexo, indelimitado, indefinido. À imagem e semelhança de todas as coisas...
Olhei uma foto tua, de corpo inteiro. E eu me tornei a foto. Não. Me descobri sedento e faminto.
De ti.
Uma fome e sede tão primitivas.
Só você me abasteceria agora.
Sou porra-louca, contraditório, bobo... e sério demais na minha ausência de seriedade. Sou tímido e calado... e não sei dizer de mim.
[...].
Meu corpo todo te sente e sente tua falta: minha certeza incerta. Toda dinamite eclode no meu peito, largo palco de angústia...
Estou desaprendendo a fala, as palavras, para ser mais ... menos... para ser.
Toma das minhas mãos desajeitadas de dedos longos e tortos, o meu não-texto. O meu silêncio. Meu tesão.
Toma da minha boca, meu beijo... meu gesto de bicho.
Toma da minha mente, minha doçura não-inventada.
estou atormentado.
Olhei uma foto tua, de corpo inteiro. E eu me tornei a foto. Não. Me descobri sedento e faminto.
De ti.
Uma fome e sede tão primitivas.
Só você me abasteceria agora.
Sou porra-louca, contraditório, bobo... e sério demais na minha ausência de seriedade. Sou tímido e calado... e não sei dizer de mim.
[...].
Meu corpo todo te sente e sente tua falta: minha certeza incerta. Toda dinamite eclode no meu peito, largo palco de angústia...
Estou desaprendendo a fala, as palavras, para ser mais ... menos... para ser.
Toma das minhas mãos desajeitadas de dedos longos e tortos, o meu não-texto. O meu silêncio. Meu tesão.
Toma da minha boca, meu beijo... meu gesto de bicho.
Toma da minha mente, minha doçura não-inventada.
estou atormentado.
domingo, 11 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
A Bela Flor Espanca
Frieza
Os teu olhos são frios como as espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar.
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
"Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!..."
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
antipoético ensaio
Tua voz melodiosa
dança nos meus ouvidos
e obscuro ...
...em silêncio ...
...vou dizendo ...
dança nos meus ouvidos
e obscuro ...
...em silêncio ...
...vou dizendo ...
(com gestos e ações [co]medidas)
...com os olhos semi-abertos ...
é leve, não passa pela garganta; não é poluível por palavras. É bonito, tem bordas e pontas. E atravessa, extravaza, ecoa. Assusta, sem afugentar.
...com os olhos semi-abertos ...
é leve, não passa pela garganta; não é poluível por palavras. É bonito, tem bordas e pontas. E atravessa, extravaza, ecoa. Assusta, sem afugentar.
- mas, gosto de ti.
Mais: gosto de ti.
citação - Outra Criança Linda
da crônica de Miguel Falabella :
" É por isso que gosto dos relatos biográficos. Eles são como a nova lâmina, que aplicada ao fundo confere profudidade ao desenho. Despeço-me esperançoso de que Norma Jean, num paraíso tão mítico quanto a sua existência, tenha ido procurar Charles Dickens, pois ele, como só pode acontecer com homens de letras saberia amar aquela linda criança sem pai."
Quatro Mãos ou Gênese Corporal
Perambulamos
sob a cintilância artificial dos postes
castigando a vigilância inquisitorial dos fortes
mãos entrelaçadas
lançadas em um soco cálido
tocar malicioso de carícias
enfrentamos chuvas, proibições,previsões
e
do vício do corpo,
tivemos o transparente vislumbre...
atenções, tesão, tentação:
e do pecado, se fez prazer.
Corporais - Criação Pictórica
II.
Respiração suspensa
o antidilúvio
o quasedelírio
desejo engrossando desejo
desejo endossado
sexo inchado
pronto a te apunhalar
o colapso dos corpos
expandindo os lapsos de tempo
abraço partido em
braços
mãos
dedos
peitos pulsando
recôndito encontro
mal dito.
e uma despedida despedida.
Que, subvertida,
não se fará farta nem forte.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Corporais
I.
Incorporo você
poros
pelos
porra
Incorporo você
poros
pelos
porra
pela pele da flor
pela orla da dor
encravada no prazer
Somos galáxias girando no vácuo
expremendo lirismos &lágrimas
decompondo as regras na medula
resplandescendo no crepúsculo
o entre-tom borrado, indefinido
banido das classificações cartesianas
cravamos cartas-punhais mutuamente
nos olhos
na boca
e no destilar da hemorragia
agimos entre vagidos
fugidios e fulgurantes
de um cio. de amantes.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
A Vida Íntima de Laura
Me fez voltar
a escrever
a pensar
a sentir
me fez um doce mar
de vinho suave & seco.
[Com a companhia da garçonete inexperiente].
Me refugiei no teu quarto, na tua quarta dimensão. Entranhado no teu cheiro, pele e pêlos.
Meu crime bom,
a escrever
a pensar
a sentir
me fez um doce mar
de vinho suave & seco.
[Com a companhia da garçonete inexperiente].
Me refugiei no teu quarto, na tua quarta dimensão. Entranhado no teu cheiro, pele e pêlos.
Meu crime bom,
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