segunda-feira, 28 de julho de 2008

Móveis Coloniais de Acajú (12/07)

Melhor show da vida
[uhul, re re ] .





E eu tive o privilégio de assisti-lo acompanhado das lindas e loiras: Nina, Lê e Victória- Deyse- quente . Inesquecível. Em comemoração aos meus 23 anos.



Pra quem não conhece o som dos caras, eu recomento esse site:


http://www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br/
Ps. Saudades dessa mulherada. Não me abandonem. Afinal "Eu mereço um lugar ao sol, eu mereço ganhar pra ser, carente profissional [...]"

Assistam

http://br.youtube.com/watch?v=RniiekRdbZg

segunda-feira, 21 de julho de 2008

poesia

" Eu to pensando em retomar minhas aulas de piano

e afogar minhas mágoas no preto e branco ."
(Mon Gewehr)









http://www.youtube.com/watch?v=Sr64NI33qUo

domingo, 20 de julho de 2008

Mon 2

eu te amo. sim. te amo. não importa o que aconteceu. nesses minutos mentidos derramados antes. sinta agora. que eu estarei aqui. mesmo longe. lindo, lindo, lindo : Ramon.

quebra cabeças

tudo é imperfeito,

tudo é quebrado

ninguém vale a pena

só aquilo que te faz bem
vale
vivo
ande,

quando ninguém quer andar

mesmo com os olhos de tédio

não espere ninguém

não espere a frustrante angústia

alheia

tudo é imperfeito tudo é quebrado

fique, vá, pra lá e pra cá
os dados movimentam os ventos que trazem o caos
das novas coisas.a surgir como relampagos.de uma tempestade
prestes a atingir.quando sempre a tensão andou perto da vida.tudo se encaixa
imperfeito, quebrado
em seu lugar.


(DJALMA NOBATO)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Livre.

" A memória é uma ilha de edição" .

" Você viu só que amor, nunca vi coisa assim
que passou nem parou,
mas olhou só pra mim.
Olha,
é como o verão,
quente o coração"
(Samba de Verão)





Quando conheci o Carlos, eu estava imerso em um período de intensa liberdade existencial. De esquartejar limites. De me aventurar por lugares incomuns. Estava convicto que a vida tinha uma batida- louca bem distanciada das convenções. Tão simplórias e entediantes. Sabia que as cores do meu universo seriam diversas das cores de outros. Eu teria o poder e o pudor de respeitar o meu " destino".


Nunca mais fui tão pleno como naquele verão de incêndios.

Ficamos (Carlos e eu) entre as paredes do quarto dele, nus, de sábado até segunda... No mesmo verão, conheci o Kalil, antes, no entanto... penso nele(s) até hoje.



A saudade tem umas regras próprias. A saudade é criativa. A saudade esmaga negativos.


Kalil e Carlos, onde vocês estejam, saibam: verão como aquele, não se verá mais.



"Terça-feira:
Evitar mentiras meigas
Enfrentar taras obscuras
Amar de pau duro"



Querido Diário (Tópicos para uma semana utópica)
Cazuza












" Vou falar-lhe de segredos de
famíla, essa sagrada instituição que pretende incutir
virtude em selvagens. Repita o que vou dizer: sagrada
família, teto de bons cidadãos. Diga! As crianças são
torturadas até mentirem. A vontade é esmagada pela
repressão. A liberdade é assassinada pelo egoísmo. Família,
porra de família!"
















"Último Tango em Paris", dir. Bernardo Bertolucci



No meu caminho, havia o descaminho tratado à trote pelo destino (como trote do destino). Foi no descaminho que nos pexamos- entre choque de ramos de espécies exóticas (entre si) exalando estranhamento e atração.

Teu olho brilhou focado no meu, magnetizando meu corpo, caçando meus sentidos, entorpecendo meu espírito.


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Revirando-me por dentro

você foi se aproximando

apalpando

com tua presença
cada vez mais perto...


fiquei esfolado, com gula da tua saliva



----------------------


Fora de mim,

a música vibrava e corpos estranhos e anônimos contorciam-se -figurantes sem figura definida- no balanço cansado das luzes coloridas. Girando, promíscuas.

Gemeu em mim um estalido, e hipnotizado, rompi bruscamente com a minha dança. Como criança ganhando presente novo, fiquei parado, no meu canto, encantado.

Catei, com a mão, o copo de cerveja e, com sofreguidão, sorvi a bebida como se fosse um ermitão no meio do deserto, tomando uma miragem.



Foi então que você veio se aproximanto- diminuindo -gradativamente- a- distância (curta? longa?) que nos apartava. Nesse trajeto, que durou segundos, mas que transcorreu como se fosse registrado em câmera lenta, você foi apalpando algo de mim ao mesmo tempo em que apertava no brim da minha calça o excitamtento pela tua presença. forte. cada vez mais perto de mim.












teus olhos brilharam no escuro como relâmpagos em noites de tempestade. Infestado pelo teu fulgor senti medo e paz. E um breve conforto- frágil e oscilante; ágil e enebriante.


Irresisti ao teu convite/ porque coçava em mima vontade vasta de sentir o calor do teu corpo. " De tocar meu corpo de homem no teu corpo rijo de homem" . De ganhar vida com o contato macio da tua língua incitando-me a um cio de você. De sentir meu pau endurecer ao teu toque...

Me entreguei de cabeça, pronto ao teu sequestro. Desaqueci o racional e fui recebendo o mundo reverberativo do gozo, da emoção, da paixão. Parei de pensar e comecei apenas a sentir tudo através da minha glande vermelha , estourando de tesão.

Me atacando pelas vértebras, degustei de casa instante do teu toque instável.

OS ESCRÚPULOS DO MUNDO PODRES, ESGOTADOS. DESGOSTOSOS.

Ainda um pouco bêbado, mas mais embebido pela tua ereção, fui sentindo o teu corpo liso subindo sobre o meu. o calor da tua vara estendida pulsando reta em minha direção. cerrei os olhos subitamente e passei olhar pela ponta dos dedos... era por elas que eu sentia tua pele, teus pelos, teu calor... como uma mosca que enxerga em várias direções....

músculos e fibras

tua barba maltratando a minha recém-raspada,

e eu

nem me importando

com cada irritação que crescia (eu sabia) pois assim teria uma lembrança tua...

mais elástica , não tão efêmera

que me interessava, mesmo se ferisse a minha face, e me fizesse mais feio.





" A vida quase nos intoxica. Mas é mesmo assim. Outra forma é deformação. Deturpação. Ao menos, para mais, para mim. "

" Não há vergonha ou orgulho nas minhas confissões. Há a vida que eu vivi, somente."

simples assim

"olha que coisa mais linda"
" Ah, beleza, essa prostituta sedutora de pobres corações"
"e já penso-te. não em ti, mas um pensamento todo teu."
"quero pintar meu quarto da cor dos teus olhos"
"presente-presente"










Simba,

tu dá um samba,

sim.

" e o mundo inteirinho se enche de graça, por causa do amor, por causa do amor"

[23:43:32] Tio da Júlia: Gastrite

[23:43:32] Tio da Júlia: Gastrite
[23:43:39] Tio da Júlia: a boca do estomago
[23:43:42] Tio da Júlia: inflamada
[23:43:47] Tio da Júlia: infracionada de dores
[23:43:50] Tio da Júlia: danadas
[23:43:55] Tio da Júlia: quisera eu
[23:44:00] Tio da Júlia: de forma encantada
[23:44:05] Tio da Júlia: te dar prazer
[23:44:11] Tio da Júlia: e te livrar da dor.

Mon

Pega eu

Me pega

Me apaga

Me rasga

Me engasga




Gago fico
Falando fácil
Bêbado de desejo.

Eu era mudo e só

" A perplexidade do moço diante de certas
considerações tão ingênuas, a mesma perplexidade que um dia
senti. Depois, com o passar do tempo, a metamorfose na
maquinazinha social azeitada pelo hábito de rir sem
vontade, de falar sem vontade, de chorar sem vontade, de
falar sem vontade, de fazer amor sem vontade... O homem
adaptável, ideal. Quanto mais for se apoltronando, mais há
de convir aos outros, tão cômodo, tão portátil. Comunicação
total, mimetismo: entra numa sala azul, fica azul, numa
vermelha vermelho. Um dia se olha no espelho, de que cor eu
sou? Tarde demais para sair pela porta afora."
'
( Eu era mudo e só - Livro: Antes do Baile Verde)

domingo, 13 de julho de 2008

O SIGNO NA PELE (1981)


O LABOR DISCRETO Waldo Motta


As coisas não mudam assim

da noite para o dia, céleres.

Por isso, perdi a flama

que fazia de meus versos

uma tocha iracunda.

porque no final das contas

o importante é ter mudado

um pouco de mim, ao menos.

O cupim, no anonimato,

rói as vértebras deste tempo.

A deusa e o demônio


Estava a se admirar

Eu estava a admirar

Tamanha beleza em que desperta

Meus monstros

Em teus monstros

Sou meu próprio carrasco

Rindo e assistindo

...sem perder o escape

Cometo crueldades

Em que uma deusa, nem imaginária

Meu espelho não convém

Ela diz sobre o meu reflexo em seu espelho

Sentada em

seu sofá

seu!

sirvo uma água


um beijo

um ombro

meu pescoço

agora não mais ando


vivo a deusa que fostes pra mim

o demônio severo

Desperto no teu olhar

foi entregue

vive em outras mãos, descuidadas


mas cheia de reparos sensíveis

um cego de mãos atadas

esses sim

dignos de ti - perdido em cegueira

não contemplam tua imensidão.

Nem sabem que tu

Deforma ambientes


Ao falar, ao aparecer, ao viver

Ilusão auditiva és tu

Como em os demais sentidos


(Djalma Nobato)

Ramon








Desejo de ser




Sim,

Um poeta prático

Desses que se praticam

À pampa

Às pencas



De rimas fáceis

De faces falaciosas

De ócios desfrutáveis e invejados


Para compor
Poesia comprada
Pra te seduzir
Em (uma)cantada .

sábado, 12 de julho de 2008

prontofalei.

sem hipocrisia:


sou a favor da legalização da eutanásia, do aborto (com critérios rígidos), e da comercialização da maconha.

Biográficas

Aos 23 anos e depois de muita polêmica, Andrei Moura acerta as contas com o passado.


Andrei escreveu um livro para contar como sofreu na infância.


"Eu me vi, olhei o mundo e não gostei do que vi. Aí, inventei meu próprio mundo. (...) Cresci no mundo que criei, porém andava no dos outros. Porque a vida é assim. É de praxe. Nunca ninguém soube do meu universo. Nele, cabe tudo."


(Fischer. A pequena Moisi)

Distintas pessoas





Carlos Mojito não é a mesma pessoa que Djalma Nobato.
Eles são amigos e trocam experiências de vida juntos.
Escrevem juntos em alguns momentos, geralmente jogados ao ar, pela ausência de papel e pela embriaguez do ar que a rua nos remete.






(Djalma Nobato)





01:10


Já passa a meia noite

O dia passa

Passado, lembrado na memória.

Sou péssima pra datas, péssima.(acordada com o despertador)

O que lembro é que teu aniversário foi ontem

E o que poderia dizer além de tudo de bom?

Nada de bom?

Que a 19 anos atrás tu tava nascendo num dia 19?

Não me custa nada deixar palavras pra você neste dia, amanhã ou depois de amanhã...

Inertes palavras

Esboçam significados

Pausados.

Não saberia dizer de outra maneira.

...funcional forma...

Poderia também, me transformar num espelho, que tudo o que deseja é o que outro deseja a mim.

Não me parece bom ainda, parece distorcido.

Acho que o que desejo, são mais primaveras de vida.Mas não as insossas.

Aquelas vividas com o corpo e mente.corpomente.

E dias de sol a energizar o corpo.

Longe de ti.

Tão longe.

Que nada importa agora.

Nem meu desejo em te desejar boas coisas.


(Djalma Nobato)

Eu entendo do medo, do susto, do inesperado.das novas coisas em uma nova mente.das mudanças, frações, respirações.situações simulam a vida.e um novo suspiro chuta nova imaginação,ao lado o desespero. do salto inquieto sobre o pensar.a estranheza que o próximo facilita.a força que recorre.a duvida que estremece.dos impulsos que não cessam pelas vontades contidas.das novas invenções para satisfazer as lições.das emoções.da força que nos mantêm em pé.ao dia a dia.a imaginação,puro fetiche.tesão.




..contido tesão.a explosão.a frente o enigma sintético pra esconder vontades.questão.




O obvio.ali na frente.e o que nos é ensinado?reprimir.reprimir e reprimir.o mundo as sufoca.sufoca sua imaginação.masturbação.penetração.e eu as pergunto.
Lamberemos a safadeza do mundo? Seremos inusitados? Catchup com manteiga e leite condensado.novamente gritaremos qualquer asneira que realmente te quebre?nos rasgaremos em pró a um objetio?carne, alma.vida!
como marés límpidas.





(Djalma Nobato)




-Eu não vi nada, nem senti nada.-Insossa é a comida de cada dia, aos pés de um circulo vicioso de uma cama tão cômoda foi o que ela pensara sobre as poucas coisas que vivia no dia a dia.


Algo a motivava a extravasar tamanha vontade do novo, mas voltava ao antigo, caseiro, conforto do lar.




-Não demoraria até se dar conta que aquilo não era seu lugar, pela tal energia mal canalizada.-



Ao acordar, o sorriso não era mais o mesmo falava rápido para esconder o choro ao se perguntar de onde surgia tamanha tristeza e vazio em seu coração.Abraçara o irmão e a sua mãe que nunca a viram nesse estado e foi caminhar pela praça. Encontrando paz e estabilidade que tanto procurava, respirar fundo, ela lembrara de suas paixões que habitam pelos cantos do mundo de sua imaginação.




-Lembrava de cada frase, cada sentido, cada sentimento proposto nem percebendo os demais, mas eu sabia.-




Voltou a sua casa, todos na mesa a sua espera, seu olhar começou a brilhar, lentamente sentia as coisas simples a invadirem como raios, já modificando seu sorriso.



-Ela saberia para onde correr nos momentos de fragilização-





Que deixara a tristeza de lado por alguns minutos.




-Menina perdida, menina perdida, para onde vão os grandes segredos que habitam em ti? As tais confusões, os nós.Que não se libertam, nem habitam perto da vida ou morte.-



– Aos sentimentos genuínos carregados em tua alma, sente e é humana.-



Ela andava após o almoço e deseja, desejava o mundo a seus pés, estando aos pés do mundo. Sua própria casa, seus pertences e amores coloridos espaciais, lunáticos, e insatisfatórios.Todos ferem, rasgam, martelam sua cabeça e ela sabe quando os faz sangrar, não é boba muito menos burra, só é sensível e egoísta.




-Com todos meios de proteção, no inverno ela usa diversos casacos, vivendo com frio. Lembro de vê-la tremer-



E caminhando, ela nota as flores com cores mais fortes, observando a natureza como mãe de tudo, sentindo-se uma criança que distraí os maléficos pensamentos a simples beleza de um olhar, a profundidade de estar viva.



-Invejei todo esse espírito, queria pra mim, como parte de mim!-


-Não se torna instável, fixa a visão, viaja aos oceanos, mares e universos.Tenta enganar-se tentando alcançar coisas que não almeja, vejo tão claro. Está tão claro-


A profundidade que hipnotiza tudo ao redor, das peneiras que tornam tudo um pouco superficial aos passantes, pode andar aos céus descalça e rir da cara do sol, luminoso ao contra por de seus devaneios, pois não importa a quem olhe. Ela não estará só.



Tornando-se rainha do seu mundo.


(DJALMA NOBATO)
Tive arrepios esta tarde só por ela passar por mim, sentia falta disso e muito mais do nojo aparente. Durante boa parte de minha vida me dediquei a fazer coisas belas pelos outros, enquanto eles incalculavelmente puxavam meu tapete, cheios de milhões de desculpas e significados mil. Feito é feito já diriam eles ao tropeçarmos, nada temos a fazer se não perdoar nem nos dando ao direito de chorar o leite derramado.




Sabemos os passos que devemos dar agora, mas que isso não se repita e é sempre assim, sempre a última vez que como sabemos nós pobres humanos arrecadamos durante a nossa vida milhões de insatisfações e liberamos elas, talvez batendo nas esposas, nos viciando e reprimindo até o insuportável. Descobri a maldade em meu inconsciente, das palavras que escapam, nunca são sem querer e nem devem ser usadas desculpas de erros.


E sim, são calculadas. É assim mais ou menos, isso juntou disso com mais aquilo que formou isso. Portanto pessoas de bom coração, nunca duvidem da sua perversidade escondida entre aparências do dia a dia.


Lembro que uma vez me falaram que aquilo que escapa primeiro da nossa boca é o que realmente acreditamos, cuspimos fragmentos de verdades nem sempre bonitas, somos só um espelho do rosto alheio e todas suas impressões virtuais e sendo virtuais. Não são reais.




Eu sei que sentia falta do nojo e desprezo. Puros testes. Sentenças de um sentimento. Pois admiro tanto a maldade quanto a bondade que povoa os pensamentos, nobres e extremos de 8 ou 80. Sei que isso agora se torna desculpa para me prejudicar, pois assumo minha culpa, não me escondo atrás de uma máscara, não nesse momento e assim cedo aos julgamentos. Puros testes.


Sentenças de um sentimento.



...Alguém sabe extravasar sem cortar?


Aprendendo que vivemos em uma sociedade olho por olho e dente por dente.




(Djalma Nobato)





Sinto uma falta em mim
Algo incompleto
Obrigação, pressão e convenção.
Não acompanha meus pés gelados no asfalto
Que não racionam a imensidão
Do viver e satisfazer
Básico, sem peso que remete a um pensamento antigo.
E pouco hipócrita.

Espantar os dedos na cara
De quem nunca se olhou no espelho
De quem nunca errou.
Sem passo em falso.



(Djalma Nobato)

Como nós !

Alimento angustias e fodo emoções
Que
Doem ao peito nu
clama-se ao céus pelo zelo.
doendo O doente diagnóstico.
Instável estável.
me fez assim
a
Dor
Transmitida pelos
.ares de um fingidor.
dado ao ambiente
muito pequeno(Pra nós.)
Contaminando e
Sarando.
O
Inseparável
Balanço de cordas vocais.
Mesmo nível.halito e libido.



( Djalma Nobato)

Embrulhado


Trarei lembranças nossas de presente já-passado.


(Kalil)



Guerramor









Em carne viva

Corpos em chamas

Assim falou Dudu (e ele estava certo)

Fomos feitos para a insatisfação e ficamos insatisfeitos em estarmos insatisfeitos.
Darei tiros nos pés

Cairei no chão

De tanto dar risada
Até uma nova tropeçada.

Luciferiana II

Piedade

Estado de perversão em que o sujeito se compraz em sentir-se subitamente superior.
a duras penas .

Elogio ?

Você tem uma libido forte.
E beijo

Teu braço

Me embaraço

No meu desejo


Bagaço em sede

Sede em selva

Inseguro
Duro.

Dalhas






Respostas rápidas

Lapidadas em corações desocupados

Gravadas a tinta óleo

À disparada

E o que pensamos nem sempre cabe nos nomes

Nos escapa
Ou nos capa


E da espada,
Sobra a guerra
errada

E a ausência de medalhas.

realismo

Café negro e teu hálito cafeínado
Alienado fico,
Fisicamente eterizado
Tarado por esse cheiro recordado
Que tornou-se decorado
(rebuscado?)
re – buscado


saudade

nem sinto

você sempre dentro de mim

você.eu mais que eu mesmo


e as possibilidades não eram impossíveis

não em manhãs de sexta

malhadas de dizeres malditos

malhadas agora

de surras injustas.

Dias contados: narrativa literária

Numa esquina turquesa
Seria o chão
Para o desfile
De desfalecida beleza


Corto carnes
Sou um pobre artesão
De sangues desconhecidos
E sem identidades

Mas nesses coágulos
Há ângulos
Há várzea

Há virilidade

Há saudade

Há eu.

E me desencontro, nesse encontro

Travado.










Surtos aos saltos

Sentimentos em choque

Chocados

De chofre
Chocos.

Particular


Essas partes



Apartadas


Repartidas



Apátridas



São minhas posses


Possuídas.

Flashes etílicos

Clipes

Eclipsados

Elipses

Sintéticas















Ser ou não ser

Eis a questão


Como não ser

Se estou cheio de tesão

Se mal caibo nas minhas calças

Se sobro nas minhas alças


Como não ser

Se dia-noite
É você que me agarra
Nos pensamentos








Carne moída
Carne bovina

citações

“A lógica de Ernestine, que é uma lógica de teatro, não possui a menor relação com aquilo que chamamos verossimilhança; pois a verossimilhança é a negação das razões inconfessas. Não nos espantemos para melhor nos surpreendermos”.

GENET, Jean. Nossa Senhora das Flores .

“ Não quero realismo. Eu quero magia. (Mitch ri). Sim, magia. É o que tento dar às pessoas. Não digo a verdade, digo o que deveria ser verdade. E se isso é pecado, que eu seja amaldiçoada para sempre. Não acenda a luz!”

Blanche , da peça ‘ Um bonde chamado Desejo’, de Tennessee Williams

citações

“A lógica de Ernestine, que é uma lógica de teatro, não possui a menor relação com aquilo que chamamos verossimilhança; pois a verossimilhança é a negação das razões inconfessas. Não nos espantemos para melhor nos surpreendermos”.

GENET, Jean. Nossa Senhora das Flores .

“ Não quero realismo. Eu quero magia. (Mitch ri). Sim, magia. É o que tento dar às pessoas. Não digo a verdade, digo o que deveria ser verdade. E se isso é pecado, que eu seja amaldiçoada para sempre. Não acenda a luz!”

Blanche , da peça ‘ Um bonde chamado Desejo’, de Tennessee Williams

Musical : um tom para Ramon

Um tom alto

Ditado

Não-editado

Espontâneo



Um tom

Não tosco
Ou fosco


Grave e agudo,
De riso e sorriso


Um
Tom
Bom

Tocando nos teus ouvidos e pêlos
Percorrendo teu corpo
Tambor tamborilando
Tambor borbulhando.

Sem Rima Para Ramon Gewehr

esses olhos

de desenho preciso

traços finos

despertando meu sorriso



bem mereciam um canto brando

e violento

socando silencioso

como o vento

belezas outras, que não as tuas



levando ao teu rosto

como um beijo
minha suave admiração.

Precisão

Preciso

de

paixão

não de compaixão.





Esse sol abrasador

Puro fogo

Escondido

Por detrás de nuvens metamórficas

( Nuvens efêmeras)

Mentira Sincera

É tão bonita a tua risada
Que nem me importo de ser tua piada.

Inveja

Inveja




Desses gatos

Trepando , gritando

Tendo como telhado

O firmamento negro

Entremeado
Por testemunhas estrelares

Epígrafe para Ramon



Se eu pudesse ser algo inanimado



escolheria ser este cigarro


agarrado às pontas dos teus dedos


e grudado à polpa dos teus lábios.

Luciferianas

A distinção entre algozes e vítimas é uma farsa forjada por medíocres.

Esse olho

esse olho

vai ser comido

pelos vermes
:
olho cheio de vermes
:
famintos
:
olho podre

olho oco
coisa mais real

passei a tarde

com a cabeça doendo

a cabeça doida doída

a dor doendo

remoída

remexida

e poesia

incoesa

tristeza

palavras
:
palavras poucas

roucas

loucas

eu acredito
:
em palavras

e em monólogos

e em farsas

e você?

eu prefiro não duvidar

não entendi

eu prefiro não duvidar das palavras e das farsas...pois sem elas a vida seria totalmente sem graça

orelhas quentes as minhas

tempo de amor, cão de Pedra

Hilda

tempo de ler Hilda

e de ficar doido


doído

moído







ou me cuspa

ou me estranhe

ou me minta

to com febre e frio

mentira

to só palavreando à toa
:
queria saber escrever

queria saber viver

mas nem uma coisa

nem outra

nem sexo

nem beijo

nem nexo

nem queixo